terça-feira, 24 de agosto de 2010

A ponte....


Me sinto no meio de uma ponte. O pior: nem sei aonde me levará. Suas extremidades são tão confusas, meu desejos são tão intensos. Desejo de me ascender, desejo de sobreviver, de fugir, me tornar invisível aos que me perseguem e nu aos olhos de quem me inflama, de quem me tira o sono, de que me confunde os conceitos de certo e errado, ser um só ao invés de muitos. Sinto-me no meio de uma ponte e pra ser sincero prostrado em meio a uma ponte. Em meio ao meu desespero, em meio as vozes que gritam meu nome, que não me chamam me ordenam: seja, faça, apareça, suma, brilhe, se esconda, seja perfeito...mas o que é ser perfeito? Acho que a ponte é minha mente e chuva na incerteza derrama sobre mim  de interrogações e eu em meu desespero tento com minha pequena caneca de esperanças tirar cada ponto para que não fique submerso. Chovem perguntas: Por que você é diferente?Por que vc é tão infantil? Essa eu posso responder..talvez por que da tuas gotas não tinha ainda nenhuma resposta mas quando criança  fazia das tuas perguntas incomodas barquinhos de papel que ia com a correnteza, bastava sorrir, apertar a mão de um dos meus amigos imaginários, ouvir historias de fadas que sempre derrotavam a bruxas, onde a dor era tão passageira...agora Neva na minha ponte, são quase 3:00 da manhã e não sei mas o que dizer, não sei mais o que esperar, queria apenas dormir, dormir e dormir, os corvos da tua ignorância sobrevoam a minha cabeça, estou assim sem desejar a morte mas sem vontade de viver, mas um dia nasce e com ele acordo para o meu pesadelo, de anjos de vidro que sempre se quebram antes da meia noite, sorrisos mecânicos e angustia intensa. Não vejo a luz do sol , não posso ver as mãos de Deus mas posso sentir o seu toque suave, derretendo o gelo e me fazendo caminha um pouquinho mais, a passos de lesma ( rsrs) mas em frente.

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